A ideia PAI tem
sua origem remontada aos primórdios da Criação. Sua estabilidade repousa sobre
quatro pilares fundamentais: Diálogo, Oração, Perdão e Amor (o amor é carinho,
desvelo, afeto, ternura, compreensão: o amor é o vinculo da perfeição).
O pai desempenha
papel fundamental e insubstituível no fortalecimento desta singular sociedade.
Muitos pais são para os filhos e para as filhas modelos de seres humanos.
Porém, todos os pais deveriam ser espelhos para os filhos/filhas, pautando suas
condutas em consonância com os princípios e os postulados de ética evangélica.
Quando Jesus quis
comunicar a identidade divina, Ele o fez utilizando a figura do pai, colocando
em especial relevo a paternidade de Deus. Deus é o pai compassivo e perdoador,
à semelhança do pai da parábola do filho pródigo (Lc 15.12). Ele é o pai que
tudo provê para os seus filhos.
No novo
testamento, em Mateus (11-25, 26, 27) por cinco vezes, Deus é chamado de Pai. A
dicção da frase inicial da oração-modelo ensinada por Jesus aos discípulos.
"Pai nosso que estás nos céus..." (Mt 6.9).
As epístolas
paulinas relembram aos pais suas responsabilidades. O pai, reflexo da paternidade
divina (Ef 3.15), terá que oferecer à sua casa a firmeza e a atenção
assegurando-lhe a unidade e providenciando alimentos e vestes (Ef 5.29). Amará
a esposo como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25). Educará os filhos e filhas para
que saibam, na alegria de coração, amar e servir aos Senhor (Ef 6.4; CI 3.21).
Em relação à
legislação pátria, o penúltimo Código Civil conferia ao pai de família uma
posição de proeminência única na sociedade conjugal. Muito embora o atual
Código Civil - Lei 10.406 de 10/01/2002 haja flexibilizado o status paterno a
sua presença, no aconchego do lar, ainda permanece como fator de equilíbrio em múltiplos
aspectos.
Na celebração do
Dia dos Pais é mui oportuno lembrar que a presença do pai junto à família,
exceto em situações especificas, e absolutamente indispensável.
Dr. Roberto
Shinyashiki, médico e psicoterapeuta, em seu livro "Pais + Filhos -
companheiros de viagem" ressalta este aspecto quando preleciona: "A
presença do pai possibilita aos filhos manterem um profunda conexão com a
figura masculina que ele vai formando para si. Terá no pai um modelo de
felicidade que se obtém pela convivência com pessoas queridas. Não sofrerá
influência daquela clássica imagem de que voltar para casa é um sufoco e de que
a felicidade está na rua. A filha irá aprender com ela a valorizar o homem com
quem poderá compartilhar o dia-a-dia; não haverá sob o domínio do medo - de ser
abandonada, sofrer agressões físicas, pressões psicológicas e emocionais".
Grande parte de
jovens incautos e muitos adultos imprudentes, influenciados e enganados pela
banalização do namoro, do sexo, do casamento e da fidelidade conjugal, exibida
em certos filmes e algumas telenovelas, tornam-se protagonistas de suas
próprias desgraças e de suas famílias. Concorrem, irresponsavelmente, para a
desagregação do núcleo familiar, para a infelicidade e para a desestabilização
da sociedade.
Atualmente muitas
famílias, sem o arrimo dos pais, estão desestruturados, fragmentados e
infelizes, necessitando, urgente e ansiosamente, de encontrarem caminhos certos
para a sua plena realização.
O nosso ardente
desejo é que todos os pais possam ser dignos desta comparação feita por Jesus.
Ao ensejo desta
comemoração expressamos nossos efusivos parabéns aos pais responsáveis e fiéis
cumpridores dos seus deveres para com suas famílias.E, aos pais que,
conscientes de suas condutas reprováveis e antijurídicas e que, mesmo assim,
voluntariamente, persistem no erro, deixamos uma alerta: o nosso ordenamento
jurídico civil e criminal possui dispositivos par chamá-los à responsabilidade
na forma e sob as penas da lei.
Parabéns, queridos pais! Esta é data muito especial. É
dia de muita alegria, mas também, de reflexão e autoanálise. Beijo Grande.
Escrito por: Socorrita Rufino
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