sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Entre broncas e dicas, Palmeiras faz sua nova safra de goleiros suar em Atibaia


Eles não são tão reconhecidos pelos torcedores quanto o titular. Mas o trabalho dos goleiros reservas do Palmeiras não é menos desgastante do que o do pentacampeão Marcos. Enquanto o consagrado arqueiro recebe cuidados especiais para não ter problemas na temporada, Bruno, Deola, Rafael e Dida suam suas camisas nos treinos da equipe em Atibaia, cidade no interior paulista onde o Alviverde se prepara para as competições. E não escapam das duras do técnico Vanderlei Luxemburgo.

- Bota essa mão dura, Bruno! Não fica com essa mão de pegar peitinho de mulher – resmungou o treinador, ao ver seu arqueiro não conseguir afastar o perigo da área.

Nos treinos realizados em Atibaia, os quatro goleiros são os primeiros a chegar e os últimos a deixar o gramado. A rotina é pesada e inclui academia e dois períodos de trabalhos no campo. Depois de tantas bolas defendidas ou recolhidas de dentro do gol, o cansaço é visível nos corpos que ficam estirados no chão. Mas logo eles levantam e seguem para mais uma “corridinha”.

- A bronca na gente é ainda maior porque nós somos o futuro e precisamos estar preparados – comentou Deola, de 25 anos.

O trabalho dos garotos é sempre acompanhado de perto por Fernando Miranda e Antônio Luiz Cantarele, preparadores de goleiros do clube. Mas um outro olhar está sempre voltado aos postulantes à camisa 1 do Palmeiras.

Consultor técnico da equipe, Valdir Joaquim de Moraes, titular da meta palmeirense nos anos 60, não desgruda os olhos dos novatos. Apesar de medir somente 1,70m, o ex-goleiro se notabilizou pela sua elasticidade. E, com a experiência de quem já ajudou a formar nomes como Leão, Zetti e Velloso, ele cuida das promessas.

Com paciência, fala para Bruno fechar as pernas e não dar espaço ao atacante. Com Dida, diz que é preciso não mostrar medo e encarar o adversário. E assim correm os treinos.

- O seu Valdir fala muito com a gente, corrige o que pode estar errado e ajuda a gente a melhorar. E nós também incentivamos uns os outros, senão não dá para aguentar. É muito puxado – explicou Dida, de 19 anos.

Suados, exauridos pelo cansaço, mas satisfeitos. A nova safra de goleiros do Verdão só espera uma oportunidade para despontar na equipe. E pelos comentários da comissão técnica, que não tem pressa para colocar Marcos em campo, a estreia no Campeonato Paulista, dia 21, contra o Santo André, pode cair nas mãos de algum deles. E ninguém quer deixar de agarrar essa oportunidade.

fonte: g1.com.br

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